Por Artur Queiroz
No dia
27 de setembro, uma sexta-feira, é comemorado o dia de São Cosme e Damião, dois
santos da Igreja Católica também cultuados por outras doutrinas religiosas. E
como todo dia de santo é dia de festa, na Bahia não seria diferente. O bom
baiano nestes dias prepara pratos especiais, como caruru ou moqueca, duas
iguarias que podem ser servidas ou preparadas com peixe.
No dia
destes dois santos padroeiros dos cirurgiões, físicos, farmacêuticos, das faculdades
de medicina, dos barbeiros e dos cabeleireiros, não iria se fugir à regra de
servir um bom prato acompanhado de um bom peixe. Mas escolher o ideal para
compor o prato que vai ser servido nem sempre é tão fácil.
“O
que o pessoal procura mais aqui é o Vermelho e o Dourado. Com o verão chegando
chega também a época em que dá mais esses dois aqui e aí a gente vende na faixa
de uns R$ 15 a R$ 18 o quilo”, afirma Raimundo Souza, que trabalha há 20 anos
na Colônia de Pesca do Rio Vermelho como peixeiro, mas que também já foi
pesador.
Segundo
Raimundo a hora de comprar também é a hora de dar início a uma negociação: “Tem
que conversar, tem que saber conversar... A gente não pode baixar demais o
preço porque a gente fica no prejuízo, mas se a gente também não conversar
também ficamos no prejuízo do mesmo jeito. Então tudo é bem na base da
conversa, da negociação com quem vem procurar peixe aqui”.
A
proximidade do verão faz com que os pescadores e peixeiros consigam aumentar a
sua renda mensal, que fica em torno de um salário mínimo. Isso porque neste
período a cidade recebe muitos turistas que visitam as colônias e acabam
comprando o peixe. A espécie mais rara na região é o Robalo e o Atum,
consequentemente são os mais caros, chegam a custar cerca de R$30 o quilo e são
os mais procurados pelos turistas.
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