terça-feira, 23 de outubro de 2012

A batalha diária pelo peixe no Rio Vermelho




DIA DE SANTO AQUECE O COMÉRCIO DO PESCADO NO RIO VERMELHO







Por Artur Queiroz

No dia 27 de setembro, uma sexta-feira, é comemorado o dia de São Cosme e Damião, dois santos da Igreja Católica também cultuados por outras doutrinas religiosas. E como todo dia de santo é dia de festa, na Bahia não seria diferente. O bom baiano nestes dias prepara pratos especiais, como caruru ou moqueca, duas iguarias que podem ser servidas ou preparadas com peixe.

No dia destes dois santos padroeiros dos cirurgiões, físicos, farmacêuticos, das faculdades de medicina, dos barbeiros e dos cabeleireiros, não iria se fugir à regra de servir um bom prato acompanhado de um bom peixe. Mas escolher o ideal para compor o prato que vai ser servido nem sempre é tão fácil.

“O que o pessoal procura mais aqui é o Vermelho e o Dourado. Com o verão chegando chega também a época em que dá mais esses dois aqui e aí a gente vende na faixa de uns R$ 15 a R$ 18 o quilo”, afirma Raimundo Souza, que trabalha há 20 anos na Colônia de Pesca do Rio Vermelho como peixeiro, mas que também já foi pesador.

Segundo Raimundo a hora de comprar também é a hora de dar início a uma negociação: “Tem que conversar, tem que saber conversar... A gente não pode baixar demais o preço porque a gente fica no prejuízo, mas se a gente também não conversar também ficamos no prejuízo do mesmo jeito. Então tudo é bem na base da conversa, da negociação com quem vem procurar peixe aqui”.

A proximidade do verão faz com que os pescadores e peixeiros consigam aumentar a sua renda mensal, que fica em torno de um salário mínimo. Isso porque neste período a cidade recebe muitos turistas que visitam as colônias e acabam comprando o peixe. A espécie mais rara na região é o Robalo e o Atum, consequentemente são os mais caros, chegam a custar cerca de R$30 o quilo e são os mais procurados pelos turistas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário