terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Bahia parou!

Helton Carlos

 As greves no Brasil tiveram início ainda no século XIX. No começo do século XX, a Greve Geral de 1917 foi um marco importante na história do movimento operário brasileiro. Com a industrialização promovida durante a presidência de Getúlio Vargas e as más condições de vida, os trabalhadores decidiram parar de trabalhar até que houvesse melhoras.  Garantida por lei, a greve se tornou a principal arma dos trabalhadores.

Na atualidade, em 2012, a Bahia foi palco de duas grandes greves. A da Polícia Militar, com início em 31 de janeiro, durou 12 dias, a dos professores, com início em 11 de abril, permaneceu por 115 dias. Os líderes dos respectivos sindicatos chefiaram as negociações com o Governo do Estado.

                                     

Uma greve durante o governo do PT não era esperada. O Partido dos Trabalhadores tinha um histórico de negociação e defesa das classes de trabalhadores. Mas, segundo os sindicatos, existia defasagem no salário e condição de trabalho era muito ruim. Segundo eles não havia negociação. Já o governo do estado dizia não ter dinheiro para tal melhorias. Diante dos impasses, os trabalhadores decretam greve, o povo baiano se tranca em sua casas por falta de segurança e os estudantes, da já precária escola pública, não vão à aula.

O conflito de interesses, que é legítimo, deixa marcas em todos os lados. O governo tem sua imagem a abalada, professores e policias não recebem salário e o povo não é assistido pelos direitos básicos. Existia outra possibilidade? Provavelmente não. Em um país onde a democracia impera e os posicionamentos pessoais são respeitados, acredito que não haveria outra alternativa. "Toda Unanimidade é burra"! Eu concordo com essa frase.

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