Laís
Lopes
Com
objetivo inicial de educar as crianças e jovens do bairro através
da transmissão de valores humanitários, o Grupo Ser Criança surgiu em meados da década de 90 e tem
como idealizadores: Romilson Almeida, Silvânia Santos, Cleide Lopes
e Olinda Lopes (todos moradores da comunidade do Beco do
Cirilo). Atualmente, o grupo ampliou suas atividades
ligadas a outras comunidades.
Em
entrevista para o Leia Jorge, o presidente do Grupo Ser Criança,
Romilson Almeida (na foto, com crianças que integram o grupo) fala um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido e
quais são os planos para o futuro.
Leia
Jorge: Como e quando surgiu o Grupo Ser Criança?
Romilson
Almeida: O Grupo Ser Criança surgiu na década de 90 com um projeto
de futebol e hoje se estendeu para um projeto social em várias
comunidades. Atualmente também trabalhamos no Freitas Henrique, Beco
das Pedreiras e Macaúbas.
Leia
Jorge: Qual é o objetivo principal do grupo?
Romilson
Almeida: Educação das crianças e jovens. Cobramos muito que eles
frequentem a escola e se esforcem. Incentivamos ao máximo. Mas,
também, temos o lado social voltado para outras comunidades.
Leia
Jorge: Quais as atividades desenvolvidas?
Romilson
Almeida: Depois do futebol, surgiu a ideia do grupo desenvolver
atividades ligadas ao lazer e educação das crianças e jovens.
Atualmente, além da festa do Dia das Crianças - que é a mais
esperada por eles e é a mais planejada por nós -, temos também a
festa de Natal, as comemorações do Dia das Mães e do Dia dos Pais.
Então, deixou de ser um grupo só para as crianças e jovens para
também se estender a toda a comunidade do Beco do Cirilo e
arredores.
Leia
Jorge: Existem crianças que eram envolvidas com algum tipo de vício, como as drogas, por exemplo, e após participarem dos projetos
mudaram de comportamento?
Romilson
Almeida: São poucos os meninos daqui que se envolvem com
drogas ou utilizam. Mas, eu acredito, sim, que o grupo tenha, sim, um
impacto forte no que diz respeito ao contato da criança com o adulto
e de se evitar as drogas.
Romilson
Almeida: Sim. Recebemos ajuda financeira de alguns empresários, da
comunidade e dos próprios membros do grupo.
Leia
Jorge: Como
vocês desenvolvem as atividades?
Romilson
Almeida: São feitas reuniões onde é discutido todo
planejamento. A festa das crianças, por exemplo, é discutida com
cerca de quatro meses de antecedência. Mas, tudo é resolvido em grupo. E
tudo através de votação, em consenso.
Leia
Jorge: Quais
são os projetos para o futuro?
Romilson Almeida: A
princípio temos o plano de expandir os projetos para outras
comunidades.
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