Jamaica, 1978: Bob Marley une "direita" e "esquerda"
Liviane Carvalho
Atualmente, existem 30 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Podem ser divididos em extrema-esquerda, centro-esquerda/direita, ou direita e esquerda. É comum ouvir apresentadores de rádio e tevê chamarem um grupo por essas divisões. Porém, a população pode não saber o porquê dessa separação partidária.
Neste
ano de 2012, foram seis partidos que colocaram em questão os seus
interesses em Salvador, entre eles grupos de esquerda e direita. A
disputa municipal apresentou as seguintes coligações de prefeito e
vice, respectivamente: ACM Neto (DEM) e Célia
Sacramento (PV); Mário Kertész (PMDB) e Nestor
Neto (PMDB); Rogério Tadeu da Luz (PRTB) e Antônio Gomes de Andrade
Neto (PRTB); Nelson Pelegrino (PT) e Olívia Santana
(PC do B); Hamilton Assis (PSOL) e Nise Santos
(PSTU); e Márcio Marinho (PRB) e Deraldo Damasceno
(PSL).
Em
vários municípios baianos, são os mesmos grupos que dão
continuidade a esta corrente de poder. E se pôde observar, durante
comícios e reuniões partidárias, que muita gente não sabe o
real significado dos grupos, mesmo assim elegem candidatos por
simpatia e “confiança”.
Para
Patrícia Bonfim, estudante de Recursos Humanos, o voto é a
ferramenta para exercermos democraticamente
nossa cidadania. “Escolhemos assim um representante para sociedade,
independente de ser esquerda ou direita, o importante são as ideias
e soluções para vários problemas da cidade”, disse.
Já
houve época que mulheres, idosos e jovens não exerciam o poder do
voto. Hoje, jovens de 16 anos já podem votar. Patrícia, que tem 21
anos, tem gosto pela política e conta como escolhe o seu candidato,
“A melhor forma de votar em um candidato sem dúvida é analisando
suas propostas e planos de governo. Isso, por si só, já é um fator
decisivo para o voto, pois é ali que você pode analisar os projetos
e ver o que está ou não ao alcance para ser feito. Muitos fazem um
plano fantasioso ficando bonito no papel, mas na prática a coisa
muda”, afirma.
Já
Thiago Pereira, 21, diz: “voto porque é uma obrigação, pois se
fosse de minha vontade não sairia de casa nunca para votar. E digo
mais, nem em minha cidade eu voto. Moro em Candeias, mas voto em
outro município. para mim não faz diferença nenhuma o decreto dos
partidos”, revela o jovem trabalhador.
Encerrando
a conversa, Patrícia se diz uma revolucionária. “Em um grupo com
10 pessoas, você encontra 1 ou 2, que sempre tem o poder de
argumentar, de achar que poderia ser diferente. Me vejo sim como uma
revolucionária. Os jovens atualmente estão muitos alienados, é raro
encontrar jovens interessados em mudar um país onde a impunidade,
corrupção e desigualdade imperam”, afirma.
História
Durante
anos, partidos políticos decidiram sua posição na sociedade. Após
o fim da ditadura militar, vários grupos políticos
foram criados e outros, que ainda não eram legalizados pela Justiça
(Tribunal Superior Eleitoral), voltaram a funcionar.
Naquela
época, a chamada Assembleia Nacional Constituinte ganhou força
política mediante as necessidades do país. Neste cenário, saiu reforçada a separação entre “direita” e
“esquerda”, segundo uma divisão feita na Assembleia Nacional.
Dentro
do contexto político, os partidários que se colocam contra as ações
do regime vigente seriam entendidos como “esquerda”, e os
defensores do governo em vigência “direita”. São esses os grupos ou
partidos políticos que definem suas ideologias do poder central.
Nenhum comentário:
Postar um comentário