terça-feira, 13 de novembro de 2012

Política: o que é mesmo 'direita' e 'esquerda'?


                                         Jamaica, 1978: Bob Marley une "direita" e "esquerda"

Liviane Carvalho

Atualmente, existem 30 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Podem ser divididos em extrema-esquerda, centro-esquerda/direita, ou direita e esquerda. É comum ouvir apresentadores de rádio e tevê chamarem um grupo por essas divisões. Porém, a população pode não saber o porquê dessa separação partidária.

Neste ano de 2012, foram seis partidos que colocaram em questão os seus interesses em Salvador, entre eles grupos de esquerda e direita. A disputa municipal apresentou as seguintes coligações de prefeito e vice, respectivamente: ACM Neto (DEM) e Célia Sacramento (PV); Mário Kertész (PMDB) e Nestor Neto (PMDB); Rogério Tadeu da Luz (PRTB) e Antônio Gomes de Andrade Neto (PRTB); Nelson Pelegrino (PT) e Olívia Santana (PC do B); Hamilton Assis (PSOL) e Nise Santos (PSTU); e Márcio Marinho (PRB) e Deraldo Damasceno (PSL).

Em vários municípios baianos, são os mesmos grupos que dão continuidade a esta corrente de poder. E se pôde observar, durante comícios e reuniões partidárias, que muita gente não sabe o real significado dos grupos, mesmo assim elegem candidatos por simpatia e “confiança”.

Para Patrícia Bonfim, estudante de Recursos Humanos, o voto é a ferramenta para exercermos democraticamente nossa cidadania. “Escolhemos assim um representante para sociedade, independente de ser esquerda ou direita, o importante são as ideias e soluções para vários problemas da cidade”, disse.

Já houve época que mulheres, idosos e jovens não exerciam o poder do voto. Hoje, jovens de 16 anos já podem votar. Patrícia, que tem 21 anos, tem gosto pela política e conta como escolhe o seu candidato, “A melhor forma de votar em um candidato sem dúvida é analisando suas propostas e planos de governo. Isso, por si só, já é um fator decisivo para o voto, pois é ali que você pode analisar os projetos e ver o que está ou não ao alcance para ser feito. Muitos fazem um plano fantasioso ficando bonito no papel, mas na prática a coisa muda”, afirma.

Já Thiago Pereira, 21, diz: “voto porque é uma obrigação, pois se fosse de minha vontade não sairia de casa nunca para votar. E digo mais, nem em minha cidade eu voto. Moro em Candeias, mas voto em outro município. para mim não faz diferença nenhuma o decreto dos partidos”, revela o jovem trabalhador.

Encerrando a conversa, Patrícia se diz uma revolucionária. “Em um grupo com 10 pessoas, você encontra 1 ou 2, que sempre tem o poder de argumentar, de achar que poderia ser diferente. Me vejo sim como uma revolucionária. Os jovens atualmente estão muitos alienados, é raro encontrar jovens interessados em mudar um país onde a impunidade, corrupção e desigualdade imperam”, afirma.

História

Durante anos, partidos políticos decidiram sua posição na sociedade. Após o fim da ditadura militar, vários grupos políticos foram criados e outros, que ainda não eram legalizados pela Justiça (Tribunal Superior Eleitoral), voltaram a funcionar.

Naquela época, a chamada Assembleia Nacional Constituinte ganhou força política mediante as necessidades do país. Neste cenário, saiu reforçada a separação entre “direita” e “esquerda”, segundo uma divisão feita na Assembleia Nacional.

Dentro do contexto político, os partidários que se colocam contra as ações do regime vigente seriam entendidos como “esquerda”, e os defensores do governo em vigência “direita”. São esses os grupos ou partidos políticos que definem suas ideologias do poder central.

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