domingo, 25 de novembro de 2012

Representações da Rainha das Águas Salgadas na capital baiana


Por Artur Queiroz

Yemanjá é com certeza a orixá com maior popularidade em Salvador. Uma das grandes provas disso é o fato de a sua imagem estar representada em diversos pontos da cidade, como na Colônia de Pesca do Rio Vermelho e na orla do bairro de Itapuã.
 
A primeira imagem está representada através de uma estátua que fica sobre um grande pedestal na Colônia de Pesca do Rio Vermelho. Além desta imagem da orixá no local, há também a Casa de Yemanjá, local frequentado por baianos e turistas.

No dia 2 de fevereiro, dia em dedicado para celebrar esta orixá, uma multidão vestida de branco se reúne no Rio Vermelho para levar ao mar oferendas, como uma forma de prestar homenagem e ao mesmo tempo de pedir proteção à rainha das águas salgadas.

Esta proteção que é pedida pelos fiéis no início de fevereiro, é pedida todos os dias pelos pescadores da região, que não entram no mar para iniciar um dia de trabalho sem antes pedir uma espécie de permissão a Iemanjá para entrar no mar. “A gente pede proteção pra fazer com que o mar esteja bom para a gente sair pra pescar, pede proteção também para o nosso caminho de volta, mas a gente também não pode deixar de pedir fartura, pra que o mar tenha muito peixe que a gente possa pegar” afirma o pescador Ronaldo Francisco.

No bairro de Itapuã a pequena imagem da orixá fica sobre uma grande pedra na orla do bairro. Itapuã é um dos bairros mais famosos da cidade pela sua bela paisagem e por ter sido imortalizado na poesia de Vinicius de Morais e Toquinho na canção “Tarde em Itapuã”. “Essa imagem da sereia de Itapuã é uma das representações mais fortes de cidade de Salvador. Primeiro porque temos Iemanjá em uma posição firme, de guerreira, com seu espelho posicionado para o alto. Segundo porque está bem aqui na orla, perto do mar de onde ela é a grande mãe, a grande rainha. E terceiro porque Itapuã é um cartão postal da cidade. Esse conjunto forma uma imagem muito forte, é pra mim uma espécie de símbolo da capital baiana.”, afirmou o fotografo e historiador Ubaldo Lessa, que é do Espirito Santo, mas está a passeio na cidade.


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