terça-feira, 13 de novembro de 2012

Adriana: o sonho de ser Gabriela


Há quem diga que a personagem Gabriela de Jorge Amado não existe, e que foi apenas uma bela criação do escritor baiano, mas para outros, houve tantas gabrielas na época em que Jorge escreveu seu romance como agora. Leia Jorge encontrou Adriana Carvalho, uma dessas musas ilheenses que se assemelham a uma das personagens mais famosas da obra amadiana.



“As pessoas dizem que eu me pareço muito com a Gabriela,
 no traços  físicos, na minha liberdade de viver e, a partir daí, todos aqui
começaram a me chamar de Gabriela ”     

Adriana Carvalho nasceu em 1980. Portanto, hoje, a bela moça tem 34 anos. Desde pequena, revela que teve paixão pela obra de Jorge Amado. Segundo ela, todos em Ilhéus, são “enlouquecidos” pelo autor. Foi através dele que a cidade ficou conhecida no mundo inteiro, e através da obra amadiana, Adriana recebeu o apelido de Gabriela.
Tudo começou na adolescência, Adriana era chamada pelos meninos do colégio de musa de Ilhéus: era uma das mais charmosas entre as moças da Escola Estadual Paulo Américo. Com o tempo, e com “a descoberta dos livros de Jorge Amado”, diz Adriana, as pessoas começaram a procurar uma personagem que mais se assemelhasse a ela. Todos concordaram que a garota ilheense deveria ser Gabriela, não só pelos traços físicos, mas por “alguns traços da personalidade da musa que estão presentes” nela.
Foto: divulgação / acervo TVE Bahia

Adriana Carvalho é cabeleireira, não é casada, e sempre disse que não tem vontade de deixar a vida de solteira. Em príncipes como os dos contos da carochinha ela diz não acreditar. Considera que a vida pode ser vivida livremente, sem ser necessariamente presa a um casamento. Essa é a primeira semelhança com Gabriela, pois a musa de Jorge relutou bastante antes de aceitar o casamento com o Sr. Nacib. Mas assim como Gabriela, Adriana diz que “só precisa encontrar um Nacib” e aí quem sabe se entregará ao casamento.
Outra habilidade de Adriana muito parecida com a musa criada por Jorge é a cozinha. Ela revela que adora cozinhar e que, pela opinião das pessoas, cozinha muito bem. “Cozinhar para mim é uma terapia, acho que como era para Gabriela, agora, assim como ela, só consigo cozinhar se estiver de bom humor, quando não estou bem, só faço comida ruim”, revela Adriana, que nos faz lembrar de uma parte do livro na qual Gabriela tenta fazer uns quitutes para o bar de Sr. Nacib, mas pelo fato dele não ter deixado ela dançar o terno de reis nas ruas, algo que gostava muito, ela fica entristecida e faz petiscos ruins, que são devolvidos ao bar do turco com um enorme prejuízo. Com Adriana nunca aconteceu nada dessa parecido, mas já houve reclamações quando ela decidiu cozinhar quando estava preocupada com sua mãe, naquele momento, convalescendo em um hospital de Ilhéus.
Adriana gosta de ser comparada a Gabriela. Para ela, é um dos melhores elogios que já recebeu. “Quero ser sempre a Gabriela, gosto de ser chamada assim, para mim é um presente”, encerra Adriana.

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